terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Conto


Eu na sacada a esperar
Tu e teus atentos
Tu e teus “senãos”
Tu e teus cavalos
Na selva relva a “ah! Guardar”
Quando me fará homem
Quando me amará João?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Bússola


Dedilhadas dores
E silêncios meus
Pois que infinita é a música
Tal qual a generosidade
e a crueldade
de Mnemosine

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sumo


Imaginei-te morena
Entre pomares

Enquanto canta a nação
uma canção
para tuas aves

e que me cega
enquanto,no sertão, neva
e enquanto os eucaliptos dançam.

Impenetráveis cores as tuas
toco o território sagrado
de tua pele
desato. Ato.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A postos


Para ser troféu empoeirado
Na tua estante
Para ser uma canção perdida
Em teus vinis
Para ser o contorno de um corpo
Entre os lençóis
Para ser fome e sede
Jamais saciados
Para ser a palavra doce
que  na dança
não será escutada
Para ser o verso que chega
E que vai.