domingo, 30 de setembro de 2012

Lente


 Uma gota em queda livre
rastreada pelos meus olhos
Às vezes como um súdito
n’outras eu te imploro.

Nas pernas cruzadas, o medo
mentiras nuas.
Nas mãos as eternidades
As minhas, as suas.

domingo, 23 de setembro de 2012

Vou: ira(á)



Não me fale de Futuro
Sente, aqui perto. Sente.
Toque
Uma canção de flor em meu ventre

Entre as estatuas de teu jardim
Já dormiam frágeis ninfas.

Nesses versos (quentes armas)
Re-pousarás. De certo.

Não me fale de Passado.
Sente, aqui perto. Sente.
Toque
Uma canção de flor sobre meu sempre.

domingo, 16 de setembro de 2012

Sede

Em penumbra,
Teus lábios de Ártemis
Cantavam para mim
Um poema-passarinho.

A tuas mãos
Musas etéreas
Não traçam nem dançam.

A minha’lma torpor
É o delírio e a sombra
É o abrigo da angustia
O esconderijo de calmas.

Enquanto morre
o rio Tejo
os escombros de minha’lma
bebem.
Sede.
Sede rei de ti mesmo.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012