domingo, 21 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Lar



Os céus cegam meus pés
O meu interior de abismos
Os dias arrancam minhas mãos
Nos abissais das entranhas
As “não alegrias” verdes em fim de tarde,
No fundo do pouco dos meus versos

Na fina e tremula bandeira,
esteada na terra natal de meus olhos.

domingo, 7 de abril de 2013

Chamada


Com a mão entre as pernas
Com a cabeça sobre as mãos
Sem juízo Grito
a madrugada  infinita
A vaga dos sons
Dos teus passos no corredor
A mais pura ausência de mim

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Re-buscado


Qualquer canto
em qualquer canto
é o claro-escuro
de nosso quadro barroco
é um refrão
que jamais estará oco
música que arde
rara como a arte

terça-feira, 26 de março de 2013

Amolada



                     Para Ricardo Thadeu

Enfio minha pexêra
No bucho da sílaba.

E lambo o sangue da rima.

Na língua,
Latejam os “ais”
da estrofe.

quarta-feira, 13 de março de 2013


Mais uma dose de verso.
Preciso. Abrigo. Abismo.

(entre crianças e pássaros)

Mais uma dose de verso.
Desenhando o silêncio
as testemunhas de mim.

Mais uma dose de verso.
Disperso. Dispenso. Despeço.

Mais uma dose de verso.
Embora, outrora aurora (veria)

Mais uma dose de verso. (enfim)
A desembriagar jamais estaria

domingo, 10 de março de 2013

Permissão


      Para Joilson Santos

Há dias
em que não se pode
começar um poema,
com a palavra dia,
com a palavra noite,
com a palavra sol,
com a palavra nua...

Há dias
em que não se pode
começar um poema.