E eu sempre retorno às páginas anteriores a ver sangue,
suor, sujeira e neuroses. Figuras repetidas, lamaçais, estradas de sapatos
trocados. A memória é um calabouço de ilhas a torturar corações e sonos.
E sempre retorno às interrogações – minhas sinuosas cordas vocais. Queria mesmo ser o cara de jeans gasto, jaqueta de couro, óculos escuros, coturnos impiedosos, isqueiro na mão – incendiando a cidade. Rindo do inferno.
E sempre retorno aos medos pois que ele – outro – guardou amores,
sonetos e vinte e nove beijos para mil mulheres... mas desembarcou aos meus pés;
e confesso: não consigo ficar de pé enquanto essa onda me abraça.
Outras Sinapses
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